sábado, 29 de maio de 2010

Concurso Paper Toy Papirus



Pioneira na produção de papel cartão a partir de matéria-prima reciclada, a Papirus anuncia o concurso cultural “Paper Toy Papirus”. A iniciativa irá premiar com um MacBook White a melhor personalização do Vita, boneco de papel cartão criado pelo designer Carlo Giovani, exclusivamente para a campanha.

A criação é livre. Para dar vida ao Paper Toy vale pintar, colar e recortar. Depois de pronto é só enviar algumas fotos para o e-mail designer@papirus.com até o dia 31 de maio (segunda-feira). Vários trabalhos já estão expostos no site da Papitus e podem receber voto popular até o dia 15 de junho (terça-feira).

Serviço: Para mais informações acesse www.papirus.com

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Gaetano Peasce


A Escola Superior de Desenho Industrial convida para a palestra que será realizada nesta sexta-feira, 28 de maio, às 14h, pelo designer e arquiteto italiano Gaetano Pesce. Na palestra, Pesce falará sobre sua trajetória e seus projetos em diversas áreas do design, arquitetura e arte. Gaetano Pesce é conhecido por seus objetos de cores intensas, formas orgânicas e materiais inusitados, e por projetos arquitetônicos que propõem uma integração total entre indivíduo, construção e ambiente, valorizando, simultaneamente, aspectos emocionais e práticos. Entre os projetos que apresentará no encontro está o calçado inovador desenvolvido para a marca brasileira Melissa. Pesce foi professor da Cooper Union, de Nova York, cidade onde vive, e seus trabalhos integram coleções como a do MoMA (Museu de Arte Moderna de Nova York), o Musée des Arts Décoratifs de Paris e o Centre Georges Pompidou, da mesma cidade, que o homenageou com retrospectiva em 1996. Em 1993, o designer recebeu o "Prêmio Chrysler de Inovação e Design". A entrada é franca e a Esdi fica na Rua Evaristo da Veiga, 95 (Lapa). Mais informações no site: www.esdi.uerj.br/noticias/etc/pesce.html.

Silvia Lucchi


domingo, 23 de maio de 2010

Prêmios "red dot" de design de comunicação


Podem ser feitas até o dia 11 de junho as inscrições para o prêmio "red dot award: communication design". A competição é aberta a designers, agências, empresas de design e clientes de trabalhos de design de comunicação que tenham sido criados e publicados entre 1º de janeiro de 2008 e 1º de julho de 2010. Como parte da premiação, o "red dot: junior award" é aberto a estudantes e novos designers, graduados nos últimos dois anos. Entre os trabalhos selecionados nessa categoria, o melhor será premiado com o "red dot: junior prize", no valor de € 10 mil. Não há limite para o número de trabalhos inscritos e é possível participar em 24 diferentes categorias, entre elas "Design corporativo", "Publicidade", "Tipografia", "Ilustração & Quadrinhos", "Games", "Comunicação online", "TV & cinema" e "Sound design". Os critérios de julgamento serão originalidade, qualidade emocional, qualidade de design e eficácia. A apresentação dos prêmios e a abertura da exibição especial "Design on stage - winners red dot award: communication design 2010" ocorrerá no "red dot design museum" no dia 8 de dezembro. Os vencedores terão o direito de usar o selo do prêmio e receberão certificado e divulgação de seus trabalhos, que serão ainda exibidos em exposição de 9 de dezembro deste ano a 9 de janeiro de 2011. Os custos de inscrição variam de acordo com o número de peças que compõem o trabalho, sendo a taxa mínima € 130 para trabalhos impressos e € 260 para trabalhos em mídia digital. Na categoria "junior", as inscrições têm desconto de 20%. Todos os trabalhos devem ser recebidos por correio na sede do Design Zentrum, na Alemanha, entre os dias 21 de junho e 2 de julho. Mais informações e regulamento no site: en.red-dot.org/communication-design.html.

sexta-feira, 21 de maio de 2010

Mário Prata com camisa do Figueira


Ontem estive no lançamento do livro "Os Viúvos"do ilustríssimo escritor Mário Prata, no Iguatemi de Floripa. Na imagem Prata exibe a camisa histórica do Figueirense, do inesquecível título estadual de 1994 (conquista após 19 anos de jejum). O escritor falou sobre a cidade, sobre futebol e sobre a história do romance policial que, assim como o anterior "Sete de Paus", se passa em Florianópolis com o detetive Fioravanti.
O livro já está disponível para aquisição na Saraiva do Shooping Itguatemi, eu já tenho o meu. Atografado!

quinta-feira, 20 de maio de 2010

II Colóquio de Semiótica: Diálogos intersemióticos


Nos dias 11 e 12 de novembro de 2010 (quinta e sexta-feira), a Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ) sedia o II Colóquio de Semiótica - Diálogos intersemióticos.

O evento vai reunir profissionais e estudantes de instituições nacionais e estrangeiras para apresentação de trabalhos concluídos ou em desenvolvimento na área.

Há valores de inscrição promocionais para estudantes de pós-graduação, professores de ensino básico e estudantes universitários. O ingresso para alunos de graduação da UERJ é gratuito.

Serviço: Saiba mais em http://seleprotcoloquiodesemiotica.blogspot.com/

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Design ganha assento no Conselho Nacional de Políticas Culturais

O designer Freddy Van Camp, atualmente professor da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), foi o eleito pelo Ministro da Cultura, Juca Ferreira, para ocupar a cadeira inédita destinada ao design no Conselho Nacional de Políticas Culturais (CNPC). O órgão divulgou a informação em seu site no último dia 7 (quarta-feira). O CNPC objetiva a formulação de políticas públicas culturais por intermédio da articulação e do debate entre diferentes atores do governo e da sociedade civil.

A oportunidade de um assento para o design configurou-se a partir de um evento preparatório à II Conferência Nacional de Cultura, realizado entre 25 e 27 de fevereiro deste ano, no Rio de Janeiro (RJ). Nessa pré-conferência, os delegados do design, oriundos de diversos locais do país e cuja candidatura foi voluntária, elaboraram um lista com três indicações de nomes para ocupar a cadeira: além de Van Camp, foram sugeridos os designers Ana Brum, do Paraná, e José Merege, do Distrito Federal. Este último foi escolhido pelo chefe da pasta da cultura como suplente.

A II Conferência Nacional de Cultura aconteceu entre 11 e 14 de março, em Brasília (DF). Pela primeira vez, o design foi debatido nesse evento, cuja proposta é envolver a comunidade na elaboração de políticas públicas em cinco eixos: produção simbólica e diversidade; cidade e cidadania; desenvolvimento sustentável; economia criativa; gestão e institucionalidade. Os debates, que reuniram 883 delegados de variadas áreas culturais, geraram 32 estratégias prioritárias e 95 prioridades setoriais.

As demandas de design destacaram a necessidade de criação de centros de memória para a atividade; a validação dos direitos do cidadão ao design universal (Decreto Federal nº. 5.296/2004 e NBR 9050/ABNT); a elaboração ou fortalecimento de incentivos fiscais a organizações e projetos que invistam no design, especialmente com foco em desenvolvimento sustentável; a inserção da área como item financiável do Fundo Nacional de Cultura; e a garantia de participação institucionalizada do setor em todas as instâncias do Sistema Nacional da Cultura.

Na foto da assessoria de comunicação do Ministério da Cultura (MinC), o suplente José Merege (esq.) durante a 9ª Reunião Ordinária do CNPC, realizada em 08 de abril – a primeira com os conselheiros recém-eleitos.

Para saber mais sobre a atuação do design nessa instância, acesse http://culturadigital.br/setorialdesign/.

Desenvolvimento e Diversidade Biológica

Dia da Diversidade Cultural para o Diálogo e o Desenvolvimento

O dia é celebrado em 21 de maio e foi declarado pela Assembleia Geral das Nações Unidas em 2002. A Diversidade Cultural para o Diálogo e o Desenvolvimento prolonga e perpetua o impulso unificador gerado pela Declaração Universal da UNESCO sobre a diversidade cultural
aprovada em 2001. A declaração consagra a diversidade cultural como patrimônio da humanidade.

Dia Internacional da Diversidade Biológica

A ONU proclamou o dia 22 de maio como o Dia Internacional da Biodiversidade com o propósito de aumentar a consciência dos cidadãos sobre a importância de sua conservação. Esta data era celebrada no dia 29 de dezembro, mas foi trocada devido à aprovação do texto da Convenção sobre Diversidade Biológica. O termo biodiversidade é relativamente novo, surgiu em 1985, e é uma contratação da expressão "diversidade biológica", que compreende a variedade do mundo biológico e é quase sinônimo de "vida na Terra".

4º Congresso Abrapcorp 2010


O quarto Congresso Brasileiro Científico de Comunicação Organizacional e Relações Públicas será realizado entre os dias 20 e 22 de maio, na PUC-RS, em Porto Alegre, e tem como tema central "Comunicação Pública: Interesses Públicos e Privados."

Este ano o congresso da Abrapcorp busca aprofundar o diálogo entre academia e mercado e promover o contato entre estudiosos brasileiros e internacionais dos campos da comunicação organizacional e das relações públicas, objetivando acordos bilaterais de cooperação acadêmica e parcerias universitárias, bem como maior interlocução com o mercado de comunicação no Brasil.

Serviço
Data de Início: 20/05/2010
Data de Término: 22/05/2010
Local: Faculdade de Comunicação Social da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (Famecos/PUC-RS);

Site
http://www.abrapcorp.org.br/

14ª Conferência Internacional sobre Reputação Corporativa, Marca, Identidade e Competitividade


O Reputation Institute promove, entre os dias 19 e 21 de maio, a 14ª Conferência Internacional sobre Reputação Corporativa, Marca, Identidade e Competitividade, que será realizada na cidade do Rio de Janeiro. O evento internacional reunirá as maiores autoridades mundiais em identidade, imagem, marca e reputação para discutir o tema da sustentabilidade.

Esta edição terá a presença de presidentes de empresas brasileiras que investem em sustentabilidade, como José Sérgio Gabrielli, presidente da Petrobras, Zeca Rudger, vice-presidente-executivo do Itaú Unibanco, e Marcos Bicudo, presidente da Philips do Brasil. A sessão plenária de abertura vai apresentar a visão dessas grandes empresas sobre os desafios e as soluções para a gestão econômica, social e ambiental das organizações.

Serviço
Data de Início: 19/05/2010 às 10h30
Data de Término: 21/05/2010 às 19h30
Local do Evento: Hotel Sofitel; Endereço: Av. Atlântica, 4240 – Rio de Janeiro (RJ)

Site
http://www.reputationinstitute.com/rio2010

3º Fórum Internacional de Comunicação e Sustentabilidade


O fórum tem o objetivo de clarear o conceito da sustentabilidade discutindo exemplos práticos e importantes com a sociedade e meio de comunicação em busca da coerência com o que se fala e o que se faz.
A programação conta com palestras, workshops e shows para aproximar participantes e especialistas, e a comunicação e a sustentabilidade.

Serviço
Data de Início: 19/05/2010 às 13h30
Data de Término: 20/05/2010 às 13h30
Local do Evento: Vivo Rio - Rio de Janeiro / RJ
Email de Contato: atitudebrasil@atitudebrasil.com
Telefone de Contato: (11)3815-6400

Site
http://comunicacaoesustentabilidade.com/2010/

Conferência Internacional de Educação para o Desenvolvimento Sustentável





Como parte da Década da Educação para o Desenvolvimento Sustentável (2004-2015) decretada pela ONU, a conferência tem o compromisso de oferecer contribuições significativas ao estimular experiências edificantes para a melhoria da educação através da cooperação internacional.

Ela é guiada por quatro eixos temáticos:
O papel da Educação para Sustentabilidade na Universidade, Empresa e Governo.
Inovação e Sustentabilidade para Empregabilidade
Energia Renovável para a Equidade
Educação e Cultura para a Conservação

Serviço
Data de Início: 18/05/2010 às 08h00
Data de Término: 20/05/2010 às 17h00
Local do Evento: Centro Integrado dos Empresários e Trabalhadores do Estado do Paraná - Av. Comendador Franco, 1341 – Jardim Botânico - Curitiba PR

Site
http://www.prppg.ufpr.br/eds2010/node/9

domingo, 16 de maio de 2010

concurso nova identidade visual da RBPG


Estão abertas, até 4 de junho, as inscrições para o concurso Identidade Visual da Revista Brasileira de Pós-Graduação (RBPG), que selecionará um novo projeto para a identidade visual da revista. Com o novo projeto, espera-se a consolidação da revista como um veículo de prestigio de divulgação de estudos, experiências e debates sobre a pós-graduação, sua situação, desafios, políticas e programas, além de torná-la o mais interessante possível, do ponto de vista do leitor, permitindo uma maior democratização do conhecimento.

Para participar, é preciso definir a identidade visual da RBPG a partir de projeto que abranja os seguintes elementos: criação da capa da revista utilizando, no máximo, três cores; projeto visual gráfico considerando as dimensões 17x24 cm; e manutenção da logomarca existente – RBPG – em diversos tamanhos. Só podem concorrer alunos regularmente matriculados em cursos de mestrado ou doutorado recomendados pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes).

Inscrição
Interessados devem preencher a ficha de inscrição presente no edital e apresentá-la à Capes juntamente com o trabalho concorrente. Os envelopes deverão estar lacrados e ser entregues no Protocolo da coordenação, em Brasília/DF – Setor Bancário Norte, Quadra 2, Bloco L, Lote 06, CEP 70040-020 – sem qualquer referência ou sinal identificador do autor. Na parte externa do envelope deverão constar exclusivamente os seguintes dizeres: Capes – 2º Concurso Identidade Visual da Revista Brasileira de Pós-Graduação.

Dentro do envelope, deverá conter, ainda, outro envelope, igualmente lacrado, com a ficha de inscrição completamente preenchida. Externamente, neste envelope deverá apresentar as expressões: Inscrição – 2° Concurso Identidade Visual da Revista Brasileira de Pós-Graduação.

Trabalhos encaminhados pelo correio podem ser postados até a data limite, 4 de junho, sendo que o carimbo de postagem será usado para comprovação do fato. Não participarão do concurso materiais apresentados por meio eletrônico. A divulgação dos resultados será no dia 21 de junho, cabendo recurso até o dia 24. No dia 30 será revelado o premiado.

Premiação
O vencedor do concurso será contemplado com uma bolsa de estudos para estágio de doutorando no exterior, com duração de quatro meses, em instituição de reconhecida qualidade na área de Artes Gráficas, Design, Comunicação, Marketing e áreas afins. O prêmio consiste no custeio de uma passagem aérea de ida ao país definido, e retorno ao Brasil, bem como no pagamento de mensalidades de valor idêntico ao das bolsas concedidas pela Capes para a realização de especialização no país considerado, além do seguro saúde.

Mais informações pelo e-mail concursorbpg@capes.gov.br Este endereço de e-mail está protegido contra spambots. Você deve habilitar o JavaScript para visualizá-lo. .

Curso "A fotografia na história da cultura"

Inicia-se no sábado, 22 de maio, na Casa do Saber, unidade Jardins, o curso "A fotografia na história da cultura", que será ministrado por Rubens Fernandes Junior, pesquisador e professor da Faap (Fundação Armando Álvares Penteado). O curso propõe uma reflexão sobre a história da fotografia a partir do impacto que a técnica teve sobre as iconografias do século 19 e sua articulação com movimentos estéticos e culturais daquele período até a contemporaneidade. O curso será dado em cinco encontros semanais, que acontecerão sempre aos sábados, às 11h00, seguindo até o dia 26 de junho. O custo será R$ 500,00, a serem pagos em duas parcelas. A Casa do Saber fica na Rua Dr. Mário Ferraz, 414 (Jardins), São Paulo. Inscrições e mais informações pelo e-mail: info@casadosaber.com.br, telefone (11) 3707-8900, ou no site: www.casadosaber.com.br.

Lançamento de livro sobre design e pensamento

Será lançado na sexta-feira, 21 de maio, o livro Além das formas: uma introdução ao pensamento contemporâneo no design, nas artes e na arquitetura, de Carlos Zibel Costa. A obra pretende fazer uma introdução às influências do pensamento ocidental contemporâneo nas atividades profissionais dessas áreas. Durante o lançamento, que acontecerá no Centro Universitário Maria Antonia, da USP (Universidade de São Paulo), será realizada mesa-redonda com o tema "Influências do pensamento contemporâneo no design, nas artes e na arquitetura" e a participação de Massimo Canevacci, Marcos da Costa Braga e Marcelo Bicudo. O evento acontecerá das 19h00 às 22h00, e o Centro Maria Antonia fica na Rua Maria Antonia, 294 (Vila Buarque), São Paulo. Mais informações pelo telefone (11) 3255-7182.

Palestra com fotojornalista norte-americano

Será realizada nesta quinta-feira, 20 de maio, no MIS-SP (Museu da Imagem e do Som de São Paulo), palestra com o fotógrafo Steve McCurry. Membro da celebrada agência de fotojornalismo Magnum, o norte-americano McCurry, que ficou conhecido mundialmente por sua foto de uma refugiada afegã de 13 anos, capa da revista "National Geographic" em 1985, é o primeiro convidado do ciclo de palestras e workhops "Grandes mestres da fotografia" de 2010. A palestra se centrará nas imagens de viagens e retratos do fotógrafo e tem entrada franca, sendo necessária a retirada do ingresso a partir de uma hora antes. O evento acontecerá às 19h30 no auditório do MIS, que fica na Avenida Europa, 158 (Jardim Europa), São Paulo. Mais informações pelo telefone (11) 2117-4777 ou no site: www.mis-sp.org.br.

Lançamento de livro e conferência sobre museus

Será lançado nesta quinta-feira, 20 de maio, no auditório do MHN (Museu Histórico Nacional) o livro Museus e comunicação – Exposições como objeto de estudo, resultado do seminário internacional de mesmo nome realizado em outubro do ano passado, que teve a intenção de analisar e discutir a importância das exposições como instrumentos de comunicação nos museus. Com o lançamento, acontecerá conferência de abertura do seminário permanente "Museus para harmonia social" – tema, este ano, da "Semana Nacional de Museus" –, a ser ministrada, às 14h00, pelo professor e antropólogo João Pacheco de Oliveira Filho. O MHN fica na Praça Marechal Âncora, s/nº (Centro). Mais informações pelo telefone (21) 2550-9257 ou e-mail: seminariopermanentemhn@gmail.com.

Exposição de cartazes russos contemporâneos

Será inaugurada nesta quarta-feira, 19 de maio, às 20h00, no Instituto Tomie Ohtake, em São Paulo, a exposição "Ostengruppe – Cartazes Russos Contemporâneos". A mostra, com curadoria da designer Ruth Klotzel, exibe 80 cartazes do Ostengruppe, grupo de designers gráficos fundado em 2002. os trabalhos trazem a marca do construtivismo russo e, ao mesmo tempo, influências do design japonês e suíço, do pop americano e do cartaz polonês. Segundo a curadora, o grupo, "muitas vezes, é obrigado a trabalhar em condições precárias e com recursos reduzidos, mas o resultado é sempre impactante e eclético". A mostra, que terá na abertura a presença de Eric Beloussov, um dos fundadores do Ostengruppe, poderá ser vista até o dia 20 de junho, de terça-feira a domingo, das 11h00 às 20h00. A entrada é franca. O Instituto Tomie Ohtake fica na Av. Faria Lima, 201 (Pinheiros), São Paulo, com entrada pela Rua Coropés. Mais informações pelo telefone (11) 2245-1900.

"Tempo de Design" em Minas Gerais

Acontecerá nesta quarta-feira, 19 de maio, no Teatro Klaus Vianna (Oi Futuro), em Belo Horizonte, palestra com o designer e consultor inglês Patrick Jordan. o evento marcará o lançamento do selo "Tempo de Design em Minas", projeto que tem a intenção de promover uma série de atividades a fim de preparar a cidade para receber, em 2010, a "4ª Bienal Brasileira de Design". O projeto tem como tema central "Pensar design", representando um contexto de análise dos parâmetros sociais, culturais e econômicos relacionadas à atividade no país. A palestra é gratuita e terá inicio às 19h30. O Teatro Klaus Vianna fica na Av. Afonso Pena, 4001 (Mangabeiras), Belo Horizonte. Mais informações e inscrições pelo telefone (31) 3247-2246 ou pelo e-mail: joyce.terra@minasdesign.mg.gov.br.

"Semana Nacional de Museus" em São Paulo

Entre os dias 18 e 22 de maio, o Paço das Artes, centro artístico ligado à secretaria estadual de cultura de São Paulo, promove atividades relacionadas à oitava "Semana Nacional de Museus", evento que tem como tema, este ano, "Museus para harmonia social". A programação se iniciará no dia 18, às 19h00, com abertura seguida pela palestra "Arte contemporânea e museu", ministrada pelo professor e curador Agnaldo Farias e mediaada pela diretora técnica do Paço, Priscila Arantes. A palestra abre a série "Diálogos Estéticos – 10 encontros sobre arte contemporânea", projeto que se desenvolverá até outubro deste ano. Nos dias seguintes haverá "maratona de críticos", com leituras de portfólios, encontro com professores discutindo arte e ensino, e oficinas voltadas para o público infanto-juvenil, entre outras atividades. Toda a programação é gratuita. O Paço das Artes fica na Av. da Universidade, 1 (Cidade Universitária), São Paulo. Mais informações pelo telefone (11) 3814-4832 ou no site: www.pacodasartes.org.br.

Lançamento de revista de tipografia

Será lançada neste sábado, 15 de maio, no IED-SP (Istituto Europeo di Design de São Paulo), a nona edição de "Tupigrafia", revista nacional de tipografia. A edição conta com três capas diferentes, de autoria de Claudio Rocha, Dimitre Lima e Guto Lacaz. Entre outros artigos, a publicação faz um panorama da história da escrita, matérias sobre o designer de tipos norte-americano Frederic Goudy (1865-1947), a revolução fotográfica do futurismo e o design de dinheiro e selos holandeses. "Tupigrafia" é editada pelos designers de tipos Claudio Rocha e Tony de Marco desde 2000 e tem o objetivo de divulgar a produção tipográfica nacional e suas manifestações no design gráfico, além de abordar temas ligados ao cenário tipográfico internacional. O lançamento acontecerá às 18h00 e contará com palestra dos editores. O IED fica na rua Maranhão, 617 (Higienópolis), São Paulo. A revista teve um lançamento anterior também em São Paulo, no dia 13, na loja "Pintar", e, no dia 19, haverá um lançamento carioca, durante a "Semana Tipo" da UniverCidade (ver "sinal" 353). Mais informações pelo telefone (11) 3660-8000.

Curso "Instrumentos de Design"

Acontecerá na Esdi, nesta segunda e terça-feira, 17 e 18 de maio, o curso "Instrumentos de Design", que será ministrado por Celso Carnos Scaletsky, professor da Escola de Design da Unisinos (Universidade do Vale do Rio dos Sinos) e discutirá novos métodos e instrumentos facilitadores do pensamento, dentro do contexto do chamado "Design estratégico". Serão apresentados instrumentos "metaprojetuais", tais como brainstorm, mapas conceituais, mood board e pesquisa blue sky. Cada aula terá uma parte teórica inicial seguida de pequenos exercícios. O curso, com carga horária de nove horas, é composto por três aulas: as duas primeiras que acontecem na segunda-feira 17 de maio, respectivamente das 9h00 às 12h00 e das 14h00 às 17h00. A terceira aula ocorre no dia 18 de maio, das 9h00 às 12h00. O curso é gratuito e há 10 vagas disponíveis e os interessados devem se inscrever pelo e-mail ppdesdi@esdi.uerj.br. Mais informaçõesno site: www.esdi.uerj.br/pos-graduacao/docs/curso_Instrumentos.pdf.

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Com foco na moda, Sebrae/PR organiza missão técnica para a Itália

Representantes do setor, de sindicatos, de associações, de arranjos produtivos locais e de instituições de ensino superior do norte e noroeste do Estado embarcam no próximo domingo, dia 16; objetivo é promover o intercâmbio e prospectar novos negócios e parcerias

Representantes de instituições de ensino superior que oferecem cursos de moda no norte e no noroeste do Paraná, de sindicatos da indústria da confecção, de associações de shoppings atacadistas e do Arranjo Produtivo Local (APL) do Vestuário de Cianorte e Maringá participam, na semana que vem, de uma missão técnica para a Itália. Organizada pelo Sebrae/PR, a missão embarca no domingo, dia 16. A ideia é promover, durante uma semana, o intercâmbio de conhecimento, prospectar oportunidades nas áreas acadêmica, organizacional e fechar parcerias.

A missão técnica vai visitar centros empresariais e universidades, localizadas na região da Emilia-Romagna, para, entre outras coisas, verificar como é o relacionamento dos institutos de moda com os setores industriais. Os participantes, explica a coordenadora estadual do Setor do Vestuário do Sebrae/PR, Carla Werkhauser, vão conhecer os modelos de negócios, a forma de cooperação entre empresários e academia, além de buscar parcerias que possam contribuir para transferência de tecnologias entre os setores do vestuário italiano e brasileiro.

Na avaliação do consultor do Sebrae/PR em Maringá e responsável pela organização da missão técnica na região, Élvio Saito, a missão vai fortalecer ainda mais o processo de desenvolvimento do setor, já que será um período fértil para a troca de experiências e oportunidades de negócios. “A expectativa é grande, embora a consolidação dos resultados aconteça a médio e longo prazos. Centenas de micro e pequenas empresas devem ser beneficiadas visto que a região Noroeste é a maior em densidade empresarial no Paraná. É o começo de uma sólida e longa parceria com um país de expressão em moda internacional”, afirma Élvio Saito.

Um aspecto importante da missão técnica, destaca Carla Werkhauser, é o contato com a área acadêmica. A Itália tem tradição em criar novos conceitos em moda e design. Para a coordenadora estadual e articuladora da missão técnica e empresarial, o foco é promover uma forte parceria entre as instituições para a troca de know-how. “Essa é uma grande chance de ampliação do conhecimento, principalmente, para a área acadêmica e de promoção para uma mudança de perfil, fazendo com que o Paraná seja conhecido como um estado referencia em produçao de moda e estilo”, diz Carla Werkhauser.

Para os coordenadores e professores de moda das instituições de ensino que integram a missão técnica, essa será uma oportunidade para conhecer novos métodos didáticos. Como ressalta Carla Capelassi, mestre em Desing em Produto e professora do curso de Moda da Universidade Estadual de Maringá (UEM). “Acredito que a viagem trará parcerias para o futuro e promoverá a troca de conhecimentos, a serem repassados aos nossos alunos, principalmente, no que diz respeito ao design”, aposta Carla Capelassi.

Na avaliação de Dorotéia Pires, professora do curso de Moda da Universidade Estadual de Londrina (UEL), a missão técnica para Itália irá trazer benefícios para a área acadêmica que certamente serão postos em prática. “Além do contato com outra cultura, poderemos ver, também, o modelo de trabalho integrado, que pode ser facilmente implantado no Brasil pela sintonia que há entre os dois países. Outro ponto que merece destaque na missão é a união entre academia e indústria para fortalecer o mercado da moda”, comemora.

Sandra Franquini, coordenadora o curso de Moda do Centro Universitário de Maringá (Cesumar), também aposta no intercâmbio.“Vamos aproveitar o momento de contato direto com a academia italiana e compreender como eles desenvolvem suas teorias. A Itália é referência quando o assunto é moda, por isso poderemos unir as experiências dos dois países, trazer os seus processos criativos para cá e aproveitar o intercâmbio para o enriquecimento de conteúdo”, afirma Sandra Franquini.

Indústria

Segundo dados da Federação das Indústrias do Paraná (Fiep), em todo o Estado existem 5,5 mil empresas ligadas ao setor do vestuário. Essas empresas produzem anualmente cerca de 150 milhões de peças e geram faturamento de R$ 4 bilhões ao ano. São números que demonstram a importância do setor no Paraná.

Para o presidente do APL do Vestuário Cianorte e Maringá, Oséias de Souza Gimenes, a missão técnica é uma oportunidade para o setor conhecer novos conceitos e implantá-los na região. “Vamos aproveitar a missão para estreitar as relações entre os países que têm em comum, entre outros aspectos, a moda. Poderemos ver de perto como é o trabalho na fábrica e, quem sabe, implantar algum modelo em nossa região.”

Luiz Fernando Ferraz, coordenador do APL do Vestuário Cianorte e Maringá, lembra que a região norte/noroeste é uma das mais produtivas do setor da moda no Paraná e que a viagem técnica pode trazer parcerias para a região. “Hoje o APL do Vestuário de Maringá e Cianorte é reconhecido pela capacidade de produção e criação. Participar dessa missão à Itália será fundamental para firmar convênios, parcerias e intercâmbio de ideias”, afirma Luiz Fernando Ferraz.

O presidente do Sindicato da Indústria do Vestuário de Maringá (Sindvest), Carlos Pechek, aponta a possibilidade de contato com novos modelos de gestão que podem ser introduzidos no APL do Vestuário. "Nosso objetivo é conhecer os modelos de gestão que estão fazendo sucesso lá e trazer para a nossa região. Por meio da viagem, iremos buscar novas fronteiras, conhecer novas tecnologias e pesquisas que poderão ser aplicadas nas empresas do nosso APL", ressalta.

A missão técnica para Itália percorrerá centros industriais, além de instituições de ensino ligadas à moda, em Bologna, região de Emilia-Romagna, norte do país. A saída para a Europa está marcada para o próximo domingo, dia 16, e terá duração de uma semana.

Sobre o Sebrae/PR

O Sebrae/PR – Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas no Paraná é uma instituição sem fins lucrativos que foi criada para dar apoio aos empresários de pequenos negócios. No Brasil, são 27 unidades e 750 postos de atendimentos espalhados de norte a sul do País. No Paraná, 5 regionais e 11 escritórios. A entidade chega aos 399 municípios do Estado por meio do atendimento itinerante, pontos de atendimento e de parceiros como associações, sindicatos, cooperativas, órgãos públicos e privados. O Sebrae/PR oferece palestras, capacitações empresariais, treinamentos, projetos, programas e soluções empresariais, com foco no empreendedorismo, setores estratégicos, políticas públicas, tecnologia e inovação, orientação ao crédito, acesso ao mercado, internacionalização, redes de cooperação e programas de lideranças.

Informações para a imprensa:

Savannah Comunicação Integrada - empresa licitada do Sebrae/PR
Jaqueline Gluck (41) 3035-5669 ou (41) 9602-7541
Assessoria de Imprensa Regional Noroeste: Octávio Rossi
(44) 9132 1978 jornalismomaringa@savannah.com.br
Leandro Donatti – Jornalista do Sebrae/PR – (41) 3330-5895 ou (41) 9962-1754

terça-feira, 11 de maio de 2010

XI Prêmio House & Gift de Design



Estão abertas até o dia 4 de junho as inscrições para o "XI Prêmio House & Gift de Design". O concurso tem por objetivo revelar novos talentos, estimular a adoção de novas soluções de arte e tecnologia e contribuir para o reconhecimento do design brasileiro, visando o desenvolvimento do mercado no setor de artigos para a casa. A competição é aberta a designers, estudantes, arquitetos e indústrias de todo o Brasil. Os interessados podem participar com trabalhos nas categorias "Decoração", "Eletrodomésticos", "Iluminação", "Movelaria", "Têxtil" e "Utilidades domésticas". Os interessados poderão concorrer ao prêmio inscrevendo quantas peças quiserem por categoria, sendo aceitos trabalhos que já tenham participado de outros concursos. A comissão julgadora será presidida pelo designer Auresnede Pires Stephan, professor da Faap (Fundação Armando Álvares Penteado) e do Unicentro Belas Artes de São Paulo, além de júri técnico composto por cinco profissionais com experiência reconhecida na área de design, nomeados pela Grafite Feiras e Promoções, que organiza o concurso. Os critérios de julgamento serão originalidade e concepção formal, inovação tecnológica, adequação ao mercado, viabilidade de produção em escala industrial e impacto ambiental. A cerimônia de premiação será no dia 9 de agosto, no MAM-SP (Museu de Arte Moderna de São Paulo). Além do anúncio dos vencedores, também será anunciada a peça vendedora do Prêmio Destaque. O vencedor será premiado com uma viagem para conhecer a Feira Ambiente, na Alemanha, entre outros benefícios. Mais informações e inscrições no site: www.grafitefeiras.com.br.

2º Prêmio Objeto Brasileiro



2º Prêmio Objeto Brasileiro
. O 2º Prêmio Objeto Brasileiro tem por objetivos premiar o melhor da produção artesanal contemporânea no Brasil, fruto da união entre produção artesanal e design
. O Prêmio contempla 4 categorias: Objeto de produção Autoral, Objeto de Produção Coletiva, Ação Sócioambiental e Novos projetos. Os produtos e projetos que podem participar são aqueles que foram criados e ou produzidos a partir de janeiro de 2008
. O Prêmio tem mais de R$ 30.000 em prêmios e as inscrição não tem custo
. As inscrições podem ser realizadas ate 12 de julho de 2010

O Prêmio tem uma categoria exclusiva para estudantes
Categoria 4 - Novos Projetos, seleciona protótipos de objetos contemporâneos que refletem o encontro do artesanato com o design
Serão selecionados 3 projetos que receberão um prêmio de R$ 1.500,00 cada um para a produção do protótipo

Maiores informações no site http://premio.acasa.org.br/ ou através do telefone 11 3814 9711

Chamada de artigos para simpósio de IHC



Pode ser feita até o dia 28 de maio a inscrição de artigos para o Simpósio Brasileiro de Fatores Humanos em Sistemas Computacionais, evento promovido pela Sociedade Brasileira de Computação, por meio da Comissão Especial de Interação Humano-Computador. Os trabalhos devem se enquadrar nas categorias "Artigos completos","Artigos resumidos" ou "Artigos industriais". Estão convidados a participar do evento pesquisadores, profissionais da indústria, educadores e alunos de computação e todas suas áreas adjacentes. os resultados da seleção de artigos serão divulgados no dia 15 de julho. O evento acontecerá em Belo Horizonte entre os dias 5 e 8 de outubro. Mais informações pelo site: http://www.ufmg.br/swib/

segunda-feira, 10 de maio de 2010

MUDANÇA SITE AGITPROP





COMUNICADO



Depois de dois anos abrigada no portal vitruvius, a Agitprop agora tem seu site independente.
Passamos a ter como endereço exclusivo o www.agitprop.com.br.
Aproveitamos para comunicar que passamos a divulgar mensalmente os livros publicados no Brasil na área do design.
Agradecemos o cadastro na Agitprop!

Com o abraço de
Ethel Leon e Marcello Montore, editores.

domingo, 9 de maio de 2010

Estádio Olímpico de Berlim


Em tempos de Copa do Mundo posto minha foto no Estágio Olímpico de Berlim. Estive lá em 2009, visitei a loja do Herta e trouxe minha camisa com a gravação do meu nome.

segunda-feira, 3 de maio de 2010

domingo, 2 de maio de 2010

Entrevista com Ivo Pons



“O design atua de fato na mudança das hierarquias que existem na sociedade”



Ivo Pons é designer, professor, pesquisador e idealizador do projeto Design Possível


Fale um pouco sobre sua trajetória. De a sua formação até o nascimento do projeto Design Possível, como foi o processo?

Eu sou designer. Me formei em Desenho Industrial em 2001, fiz mestrado em Educação, Arte e História da Cultura e estou concluindo o doutorado na área de Arquitetura e Urbanismo, estudando metodologia de projetos ligados à sustentabilidade. Antes de vir à universidade e tornar-me professor, trabalhei em indústria e tive um escritório. Nesta época, quando tinha escritório, comecei a fazer trabalhos no terceiro setor.

Na minha família há um histórico de gente que já atuou no terceiro setor e eu acabei descobrindo uma área que não conhecia. Normalmente, o pessoal que trabalha no neste setor tem a impressão de que trabalhar ali é trabalhar como voluntário, fazendo uma coisa que não se está acostumado a fazer. As pessoas falam assim: “Ah, sou um empresário e vou lá pintar uma creche”. E eu acabei descobrindo, por uma indicação de uma tia, uma ONG em que eu poderia aplicar design, ou seja, eu podia fazer design para eles e provocar transformação social. Isso mudou a maneira como eu olhava para o design, a maneira como eu olhava para a minha própria profissão e, mais tarde, até a maneira como fui me aprofundando nos estudos.

De 2005 para 2006, nasceu o design possível, que começou como uma atividade de extensão da universidade. Eu tinha essa experiência de trabalho em comunidade e, no Salão do Móvel de Milão, conheci um professor da Universidade de Firenze que tinha experiência na África. Aí resolvemos fazer um projeto juntos. Depois o projeto acabou perdendo essa característica por causa da distância e da dificuldade, mas os alunos envolvidos aqui no Brasil ficaram muito engajados e resolvemos tocar o projeto pra frente. Hoje, o Design Possível é uma ONG que utiliza o design como uma ferramenta de inserção comercial para comunidades carentes e, mais do que isso, promove o e a transformação de pesquisa em design.



De acordo com o site do Design Possível, pessoas formadas pela Universidade de Firenze ainda fazem parte da equipe.

Quando digo que hoje não temos mais o vínculo, o que estou querendo dizer é que, antes, tratava-se, explicitamente, de um projeto de cooperação internacional e extensão. Hoje ele perdeu esse caráter. Temos pessoas da Itália que vieram para cá e gente daqui que foi pra lá, mas nós não seguimos com esse mesmo modelo. Ainda há italianos, mas já são formados, eles não tem mais o vínculo com a universidade. A relação não é mais pautada nisso. Ele nasceu sendo isso, mas hoje essa não é a razão principal, a razão principal é o trabalho desenvolvido pelas comunidades daqui.



Mais especificamente, o que é Design Possível?

O Design Possível, hoje, é uma associação sem fins lucrativos que faz um trabalho de promoção e aplicação do design, usando a sustentabilidade como direção. Fazemos o trabalho de desenvolvimento de produtos junto a comunidades carentes, o trabalho de comercialização desses produtos, o desenvolvimento de identidade de marca, o trabalho de ativismo e de estimular o protagonismo estudantil, que é outra forma de estimular o design, e temos um trabalho de gestão interna, para tornar a própria organização sustentável. São quatro grandes áreas dentro do Design Possível: comercial, administrativa, pedagógica, que é o trabalho de formação, e de comunicação.

Temos três embriões do Design Possível em outras partes do Brasil. Está nascendo um Design Possível em Manaus – que já tem, inclusive, um projeto –, em Curitiba e em Florianópolis – eu vou esse final de semana para lá. Buscamos sempre usar essa metodologia e essa experiência que tivemos para poder interagir com outros lugares. Claro que o Design Possível de Manaus não vai ser igual ao Design Possível de São Paulo – nem tem essa pretensão –, mas a gente tem conhecimentos adquiridos ao longo desses quase cinco anos de trabalho que podem auxiliar o pessoal de lá a trabalhar com design sem sair da área social.

Acho que esse foi o aprendizado que a gente teve com o design possível. Na universidade, todo mundo sonhava em trabalhar em uma fábrica. O Design Possível era uma experiência para os alunos saberem que existiam outras possibilidades. Ninguém de dentro da faculdade sonhava em sair e trabalhar no terceiro setor. Passados cinco anos, hoje isso é possível. Vejo alunos que se formaram que hoje vivem do trabalho ligado ao terceiro setor. O trabalho deles é promover esse desenvolvimento social.



As células do Design Possível que estão nascendo em outros lugares do Brasil estão também vinculadas a alguma universidade local ou trabalham apenas com alguma comunidade de artesãos?

Normalmente, é um grupo de estudantes que se reúne e decide trabalhar nessa ação social, às vezes inspirados por uma palestra ou alguma outra atividade que promovemos. Normalmente, temos pessoas de mais de uma universidade. Elas começam a se reunir e trabalhar para tornar o projeto sustentável, buscando transformar isso em um “negócio” para as comunidades, e tentando aplicar aquilo que eles aprenderam na faculdade. Em dois desses lugares, professores também participam, então não é uma atividade isolada dos estudantes, tem um envolvimento dos docentes.

Eles estão tentando trilhar os seus próprios caminhos, entender qual é a particularidade, por exemplo, quando eu trabalho com uma comunidade em Manaus, que tem um outro tempo, uma outra sazonalidade, ou em Florianópolis, que é um outro tipo de localidade, uma outra característica de produto e de consumo.



Você havia falado sobre a idéia corrente de que trabalhar no terceiro setor é fazer trabalho voluntário. Há remuneração àqueles que participam do projeto? Inclusive aos alunos?

Hoje, no design possível de São Paulo, temos três voluntários – de uma equipe de dezessete –, todo os outros são remunerados. Quando você é estudante, você é estagiário. Nessas células nos outros lugares, o trabalho começa como uma ação voluntária, até que apareçam os primeiros projetos.

Não há uma única via, a gente ainda está descobrindo como vai ser. Manaus acabou de conquistar o primeiro cliente, que é uma organização que apóia grupos produtivos e está contratando o Design Possível de Manaus para fazer um trabalho de desenvolvimento de marca e embalagem para três diferentes comunidades. Então eles vão começar trabalhando e recebendo. Em Florianópolis, eles conseguiram uma parceria com o CEFET e estão começando um trabalho cujo apoio ainda é “acadêmico”. Eles ainda não têm atividades sustentáveis, mas a sustentabilidade vem dessa parceria com a universidade. A gente imagina que não há uma receita, o importante é ir cutucando para encontrar a solução possível em cada um dos lugares.



O Design Possível está preocupado principalmente com a função social do design. O design tem uma função social? O que o design pode oferecer à sociedade? Há exemplos de onde e de que modo isso ocorre? Quais os projetos viabilizados pelo Design Possível que provam que o design tem mesmo uma função social?

O design tem uma relação intrínseca com o social. Aquilo que a gente faz é para a sociedade, o fim maior de tudo o que qualquer designer faz tem a ver com a sociedade. O que muda no trabalho que o Design Possível faz é o que a gente quer e para onde a gente quer que essa sociedade vá.

No instante em que eu desenvolvo um carro, que eu desenho um abajur ou que eu faço um sofá, eu sei que alguém vai usar e isso vai mexer com a sociedade de alguma forma, gerando emprego, estimulando a produção etc. Ótimo. Os benefícios desse meu trabalho podem vir para o industrial, para o comerciante ou podem ser articulados em outras direções. Não há uma única direção, há várias, e a gente está testando algumas delas. Pode-se desenvolver produtos cujos fins sejam a resolução de situações de problema ou a promoção de melhorias na sociedade. Por exemplo, uma vez fizemos um workshop de móveis temporários para desabrigados. Ninguém tinha nos contratado e chamamos um grupo de profissionais e um grupo grande de estudantes, e colocamos todo mundo junto, num sábado, para desenvolver projetos que seriam dados para a sociedade.

Temos projetos em que a matéria-prima, a origem, é social, ou seja, você tem uma produção que pode até ser industrial, mas você, como designer, como articulador dessa cadeia, trabalha para que exista a inserção de uma comunidade, de um produto regional ou de um acabamento que é, de repente, culturalmente restrito no Brasil. A gente pode ter a produção ligada à sociedade, ao beneficio social. Pode-se contribuir com o trabalho de comunidades produtoras, facilitando sua inclusão nos mercados. Pode-se facilitar o descarte, enfim.

A maneira com que o designer se relaciona com a produção, com a matéria-prima ou com o fim do projeto não muda, o que muda é aquilo que ele quer para a sociedade. Se em um projeto normal em que eu sou contratado por um industrial, a única coisa com que estou preocupado é que aquele projeto tenha sucesso econômico para que isso retorne para o industrial, no trabalho que fazemos a gente não quer só o sucesso econômico, a gente quer a perspectiva de continuidade da sociedade do ponto de vista da sustentabilidade, quer que o benefício desse sucesso econômico seja destinado àquele que tem maior dificuldade na localidade. É evidente que a gente faz parcerias com diferentes níveis de mercado – participam os comerciantes, participam os industriais –, mas a idéia é que o fim maior desse processo beneficie alguém que hoje está excluído. Quando você faz isso, o design atua de fato na mudança dessas hierarquias que existem na sociedade, atacando onde estão os problemas.

Não existe um único problema, os problemas são diferentes em cada um dos lugares. Em uma cidade como São Paulo, a gente trabalha muito com a periferia, que é a área desprovida do aparato governamental. Fazemos um trabalho de inclusão para fazer com que essas pessoas que estão à margem se incluam no mercado e possam tanto consumir quanto produzir, fazendo parte desse processo do qual hoje elas não fazem. Talvez o Design Possível de Manaus encontre uma realidade completamente diferente e a questão social a ser trabalhada lá seja a relação com as comunidades ribeirinhas distantes, por exemplo.

O que muda é o sentido daquilo que estamos fazendo, não a ação em si. Projetar continua sendo projetar, a gente continua tendo especificações do cliente do mesmo modo, temos problemas de produção, problemas de logística, isso não muda. O bom projeto sempre vai ser o bom projeto, o fim que você quer obter com isso é que se transformou.

Se olharmos para a própria atuação do designer há três ou quatro décadas, veremos que ele estava muito preocupado em viabilizar produtivamente um produto, isto é, ele queria que aquele produto fosse produzido em série. Depois disso, o design passou a ter um enfoque mais comercial, então não era só transformar aquele produto em uma peça a ser vendida em série, fácil de ser produzida, era também torná-lo atrativo para o mercado consumidor. E aí começamos a usar estratégias ligadas ao design, como o marketing. Mais recentemente, há uma percepção de que o design articula toda a cadeia do produto, e isso faz com que ele tenha uma responsabilidade maior que não se restringe apenas à etapa de produção e de comercialização. É todo o processo. Dessa forma, não podemos olhar só para o industrial ou só para o mercado que está sendo atingido, só para o consumidor, precisamos olhar para a sociedade como um todo.



O slogan de vocês diz: “Design ecologicamente correto, socialmente envolvido, economicamente justo”. Este é exatamente o tripé da sustentabilidade. Embora o termos sustentabilidade apareça no site e nos materiais de divulgação do Design Possível, aparentemente ele é usado de maneira discreta. A impressão que tenho é a de que vocês falam de sustentabilidade sem utilizar esta palavra. É isso mesmo? Isso é proposital? Vivemos um momento em que o termo sustentabilidade é muito empregado – por vezes, sem qualquer critério –, até mesmo como estratégia de marketing. Vocês estão seguindo um caminho contrário?

A gente vem da área acadêmica, nascemos dentro da universidade. Sou professor, coordeno uma pós-graduação em Design para a sustentabilidade, no Mackenzie, então tenho uma preocupação muito grande com aquilo que a gente diz e aquilo que a gente faz. Sustentabilidade é um termo que, hoje, está sendo amplamente utilizado, mas suas definições ainda não caíram para a população de um modo geral. Academicamente, ele até tem definições bem sólidas, mas a maneira com que as pessoas se apropriam para comunicação, para o marketing, é muito pouco profunda. A gente tenta usar o design como comunicação e, através dele e do trabalho que a gente faz, mostrar o que é que estamos fazemos. É sustentabilidade? É, porque a gente desenvolve a viabilidade econômica desses grupos, a gente usa, na maior parte das vezes, materiais reutilizados, recuperados ou reciclados e, de fato, o benefício dessas duas ações vai para área social. Então, é sustentabilidade. Mas, se eu disse só “sustentabilidade”, algumas pessoas, principalmente as pessoas que não são da área de design, não estão envolvidas, o leigo que acessa o nosso site querendo entender o que são os produtos ou que comprou o produto, leu na tag e quer entender um pouco mais sobre o projeto, vão nos enxergar como mais uma entidade no meio de tantas outras que dizem que fazem sustentabilidade, nos associando a empresas como o Banco Real e o Santander. A gente não quer ser igual nem ao Real, nem ao Santander, então talvez por isso falamos a mesma coisa de uma maneira diferente.



Como o Design Possível enxerga a relação entre design e artesanato?

Essa é uma relação que existe e eu acho que a gente deve partir deste ponto. Há puritanos dos dois lados: uns dizem que o artesanato deve permanecer intocado e outros dizem que design que mexe com artesanato não é design. Há esses dois extremos. O que eu vivencio é que o design tem uma influência que pode permear todos os tipos de produção, inclusive o artesanato. Fica um pouco difícil de dizer onde é que está o limite desta relação, ou se existe, de fato, um limite. É verdade o que dizem os puritanos do lado do artesanato, que muitos designers, por não saberem ou por não terem clareza daquilo que pretendem, vão em direção ao artesanato e o matam. E é verdade o que dizem os puritanos do lado do design, que se você tomar o design unicamente como desenho industrial, na medida em que você se aproxima do artesanato, você se afasta dessa outra conotação, dessa outra origem. Mas acho que nenhum dos dois lados está totalmente correto. São experiências mal sucedidas do ponto de vista do artesanato e sentidos de utilização do design distantes da sua origem.

O artesanato hoje é uma realidade muito forte dentro do Brasil. Somos um país de pessoas que tem essa inquietude por fazer, pelo trabalho manual e pelo artesanato. O artesanato feito daquela maneira mais tradicional como a gente conhece permanece em regiões mais distantes. À medida que as pessoas foram se concentrando nas cidades, elas trouxeram essa cultura artesanal para a cidade e essa cultura se mesclou com o mercado, se misturou com outras culturas de pessoas que vieram de outros lugares, e tivemos o surgimento de outro tipo de artesanato, de outro tipo de manualidade, que é o que encontramos, por exemplo, na periferia. Quando chegamos à periferia, a gente encontra gente de Minas, do Nordeste, do Sul, com diferentes características artesanais. Eles perderam aquela identidade única, que o artesanato de raiz, da origem mesmo, do lugar dessas pessoas, tem. Isso não tira delas a vontade de fazer, não tira delas a vontade de construir. Ao contrario, cria uma nova perspectiva, porque essa pessoa, aqui na cidade, está ligada ao mercado de consumo, está ligada ao mercado de produção, ela quer fazer coisas. Mas aquele artesanato de origem não pode mais ser mais feito aqui, porque ela não tem mais a mesma cultura, não tem as pessoas de apoio, muitas vezes não tem os mesmos materiais. Então ela precisa inventar novas formas de fazer. Nessa realidade é que eu acho que o designer é ainda mais importante, porque ele pode potencializar essa ação para facilitar este processo. Nas comunidades mais distantes ele pode ajudar, mas o trabalho dele deve ser ainda mais criterioso, porque o risco de aculturar e transformar uma coisa que é histórica para o lado ruim é maior. Você sempre vai transformar. A partir do momento em que se cria a interferência, há transformação, mas, se você não tem ética e clareza sobre aquilo que você está fazendo, você corre o risco de anular, e é isso que é ruim.

Aqui no Brasil, a gente discute pouco até onde vai o limite do designer e até onde vai o limite do artesão e como esta articulação pode ser feita. Esta falha não é só dos órgãos que trabalham com design ou de pessoas que promovem o artesanato, é uma falha acadêmica também. O artesanato é muito malvisto dentro da universidade e a universidade não tem clareza em enxergar o papel do designer dentro deste mercado artesanal que pode ser aplicado com design. Com isso, a gente não forma gente preparada para lidar com isso e, ao não formar gente preparada para lidar com isso, a gente não tem discussão nesta área. Então acho que o primeiro ponto é exacerbar essa discussão, abri-la, para conseguir fazer com que pessoas que hoje estão dentro da universidade, os alunos e os professores, comecem a discutir esse papel e as pessoas que estão fora, que estão no mercado, comecem a atuar com mais propriedade e critério, para construirmos conhecimento nessa relação. Isso vai tanto favorecer quem já está fora, quanto ajudar a construir quem ainda está dentro da universidade.



De que forma o Design Possível promove esta interação? O designer vai às comunidades fazer uma interferência, adequando os produtos ao mercado? Entrega um desenho para o artesão desenvolver? O artesão participa desse processo?

Nesses grupos, a gente faz um trabalho de formação, e o objetivo é emancipá-los. Então a maneira com que a gente age dentro do grupo é diferente da forma com que os designers estão acostumados a agir dentro de uma indústria, por exemplo. Em uma indústria, eu posso desenhar o produto, ir até o cara da ferramentaria e dizer: “Olha, faça isso”. Em um grupo produtivo, em uma comunidade artesanal, se eu quero que ele se aproprie daquilo, eu nunca vou chegar com uma solução pronta. O artesão industrial, o ferramenteiro, é um funcionário, então a relação que ele tem com a empresa é outra: “Me paga, que eu venho ficar aqui tantas horas e eu faço”. A relação que temos com os grupos é diferente. Ajudamos pessoas a se tornarem grupos produtivos e ajudamos esses grupos produtivos a encontrarem uma fatia de mercado. Para isso, tem que ser deles e não nosso. Então o nosso trabalho é muito mais de articulação e mediação do que de identificação propriamente dita. Evitamos ao máximo chegar com idéias pré-concebidas. Colocamos os problemas para eles serem atores deste projeto. É claro que, nos diferentes momentos que o grupo vive, isso também muda.

No Projeto Arrastão, por exemplo, estamos indo para o terceiro grupo. O primeiro já está saindo da fase de incubação e vai se emancipar; o segundo vai entrar na fase de formação empreendedora; o terceiro vai começar agora, é um grupo novo, de mães. Para o grupo que está se emancipando, eu posso dar problemas que eles vão me trazer soluções em produtos, porque eles já vivenciaram esse processo. O grupo que está entrando na fase empreendedora precisa de um acompanhamento muito maior, precisa de um tutor durante o processo, senão eles não vão chegar ao resultado final e, se eles não chegarem ao resultado final, que é um produto para ser apresentado ao cliente, eles não vão conseguir vender, não vão ganhar dinheiro e o grupo não vai existir. O grupo que está começando precisa de ainda mais. Tudo o que eles vão ter nessa primeira etapa é uma consolidação técnica entre eles, então eles precisam ainda mais de acompanhamento.

Portanto, essa relação muda nos diferentes lugares em que a gente atua, mas ela é muito mais de mediação, de um olhar diferente, de entender como esse produto pode se inserir no mercado, do que um trabalho de construção de um novo produto propriamente dito. Às vezes, o trabalho que fazemos é simplesmente de reposicionamento: “Olha, esse mercado que você está é um mercado de baixo valor agregado e não dá para competir com esse tipo de produto; que tal usar essa mesma expertise e trabalhar em uma outra área?”. Então, às vezes, é um aconselhamento. Sinto que os grupos têm menos problemas com o desenvolvimento de produtos e mais problemas com gestão, com produção e com organização logística, organização de entregas. E acho que trabalhar essas outras áreas também é papel do designer. É mais difícil conseguir fazer com que o produto chegue com qualidade, fazer com que ele seja logisticamente adequado do ponto de vista do transporte, esse tipo de coisa. Esses são os aspectos que tem uma maior interferência do designer, mais do que a estética, pelo menos no caso das comunidades mais artesanais – essa é uma bagagem que elas já trazem. Mas, como falei, cada grupo tem uma característica diferente.



Você comentou que o artesanato ainda é muito malvisto nas universidades. No entanto, no 1° Prêmio Objeto Brasileiro, tivemos, entre os finalistas, três projetos oriundos em universidades (Design Possível, Imaginário Pernambucano e Sempre Savassi). Está havendo uma mudança?

Acho que estamos vivendo justamente este momento de descoberta das universidades e dos professores – principalmente os mais novos, os que estavam estudando na década de 1990, começo dos anos 2000 e que viram o florescer desse trabalho unindo design e artesanato. O que acontece? As pessoas estão voltando às universidades, alguns estão virando professores, como é o meu caso, e eles estão contribuindo para esse processo de transformação. Digo que existe uma resistência da universidade porque a sinto, sinto nos professores mais antigos, na maneira como eles tratavam estes trabalhos de maneira pejorativa. Hoje menos, hoje eles aceitam, indicam, até porque vêem o nível de sucesso que os trabalhos e projetos têm – estamos florescendo nessa área. A questão é que a universidade não tem essa cultura, não tem essa tradição.

Apoiar esse tipo de projeto, como o Design Possível ou esses outros em diferentes partes do Brasil, faz com que se construa conhecimento, e isso vai mudar, depois, a maneira como se ensina. Os relatos que tenho de projetos em diferentes lugares sempre contam como o projeto começa como uma atividade de pesquisa ou de extensão e não como uma atividade acadêmica, não dentro de sala de aula. Ele começa fora e depois ele vai trazer para dentro da sala de aula essa experiência. A gente já vem tendo um processo de transformação intenso a partir dos anos 2000 e, depois de 2005, este processo se aprofundou ainda mais, a gente começa a ver florescer em muitos lugares essa mesma experiência e potencial. Sinto isso até pela vontade da existência do Design Possível em outros lugares, quer dizer, o fato de termos gente querendo fazer em diferentes localidades é justamente isso, é a aplicação do design em si, é a vontade de professores e alunos de fazer, de romper com a maneira com que hoje os cursos estão construídos. Para isso, eles estão se apropriando, tentado desenvolver suas próprias ferramentas, seus próprios conhecimentos.



Quais as particularidades dos projetos que nascem dentro das universidades?

Acho que varia muito de acordo com a forma como o projeto nasce. Ele pode estar dentro da universidade e ter uma relação só acadêmica ou ele pode ter uma relação mais “mercadológica”. É claro que a origem dos estudantes, dos professores e de todos aqueles que estão envolvidos com este projeto acaba contribuindo nesta definição. Você traz o seu histórico, então se você é um professor mais ligado ao mercado, se alguém que já tem um escritório começar um projeto ligado ao terceiro setor, ele vai trazer esse olhar para dentro desse projeto. Quando a universidade estimula uma ação, ela tem um desejo claro: um trabalho extra-muro. Trata-se de uma atividade de extensão, em especial nas universidades. A universidade se sustenta no tripé pesquisa, ensino e extensão. Cada vez mais as universidades vem fortalecendo esse pé de extensão. A universidade é diferente da faculdade e é diferente do curso. Quando é universidade, a atividade de extensão é estimulada e nasce com essa vontade de pegar o conhecimento da pesquisa e do ensino, e aplicar fora para ver se ele é verdadeiro. Na faculdade, nem sempre isso acontece.

O recorte dado no nascimento do projeto não garante que ele vai seguir assim para sempre, é só olhar o próprio Design Possível, que nasceu muito mais como uma atividade de extensão. Eu poderia dizer “Olha vai sempre ser um projeto acadêmico, e a gente vai ficar trocando os estudantes, o projeto não vai se desenvolver”, mas o problema é que não existia mercado para que esses estudantes que estavam dentro do projeto saíssem para trabalhar com design social. Então a gente criou o mercado. A gente criou uma organização que pudesse aceitar esses estudantes, para que eles pudessem seguir construindo. Ou seja, o fato da gente ter nascido dentro da universidade não nos prendeu àquela origem de: “Ah, só vou pesquisar, fazer iniciação científica, construir o meu trabalho de conclusão, escrever um livro e o meu projeto vai ficar preso a isso”. Não. Inclusive, para consolidar a parte econômica – sustentável – e poder dar continuidade ao trabalho, deixamos a pesquisa em segundo plano. Sempre publicamos trabalhos, sempre tem gente envolvida com trabalho de graduação, mas o foco era tornar o Design Possível uma organização. E, no começo desse ano, fundamos, dentro do Design Possível, um negócio chamado LEDS, Laboratório de Estudos em Design e Sustentabilidade, que é uma tentativa de fazer, agora, o contrário. Se a gente está tendo sucesso econômico e na formação, agora está na hora da gente transformar esse sucesso de novo em conhecimento, em experiência e retorná-lo para a universidade – na forma de livro, de publicação, enfim. Diferente das outras áreas do Design Possível – a comercial, pedagógica – a gente entende que esse laboratório de estudos e pesquisa é transversal. Claro, ainda está no início, está nascendo dentro do Design Possível, então ele ainda vai criar forças, mas a idéia é que ele beba dessas experiências mais diretas para poder retornar. Olhando para essas duas observações, acho que nenhuma delas está errada, nem também totalmente certas. Acho que existe a possibilidade das duas coisas, de você ficar preso pelo universo acadêmico, se essa for a sua postura – e, de fato, a universidade tem esse desejo de: “Ah, esse projeto é meu” –, mas a universidade fornece também um respaldo para o início, que permite maior ousadia do que um negócio simplesmente focado em venda ou desenvolvimento de produtos teria. Um negócio nunca estaria preocupado com a perpetuação do conhecimento, com a seqüência da atividade, por isso que você encontra, nos trabalhos acadêmicos, maior fundamentação com relação ao que está sendo feito.



Como os alunos recebem este tipo de projeto? Há uma nova geração preocupada com todas essas questões?

As pessoas desta faixa etária buscam, agora, outro tipo de sucesso. Não sou eu que estou falando isso. A expressão geração Y foi criada justamente para designar esta mudança. Hoje, jovens buscam muito mais o engajamento. O sucesso econômico, que é o que a geração anterior buscava, não é mais suficiente para satisfazer e trazer felicidade. Sinto que uma porcentagem maior dos alunos tem, de fato, outros objetivos. Querem, claro, ganhar dinheiro, construir uma vida bacana, alguns querem se tornar professores, outros querem ser famosos, mas muitos deles querem usar o conhecimento, usar aquilo que eles escolheram como profissão, em prol da sociedade. Sem deixar de ganhar dinheiro, sem deixar de ficar famoso, querem que aquilo que eles estão fazendo faça sentido, que faça sentido de uma maneira mais ampla, querem se sentir bem com aquilo que eles fazem. Acho que essa é uma preocupação, um tipo de engajamento, que as gerações anteriores tinham em menor proporção. Havia menos gente preocupada, se aquilo que estavam fazendo fazia sentido ou não. “Ah, mandou eu jogar lixo nuclear aqui no buraco, está pagando bem, estou jogando”. Até esse tipo de expressão é muito característica: “Tá pagando bem, que mal tem?”. Não é isso? “Pagando, tudo bem”. Hoje há uma porcentagem menor de gente que escolhe se submeter a qualquer tipo de trabalho ou a qualquer tipo de ação, simplesmente para conquistar dinheiro ou fama. Pelo menos na área de design, eu sinto que tem cada vez mais estudantes engajados ou buscando esse sentido. No Mackenzie a gente tem um semestre que é Projeto Socioambiental, então agora eles têm essa experiência dentro da grade, que é uma coisa recente, de três ou quatro anos para cá. Eu vejo que esses alunos, mesmo depois, indo para o mercado, mudam o olhar, muda a maneira como eles vão se relacionar com o mercado. Conseqüentemente, a gente vai ter, em cinco ou dez anos, uma mudança do mercado, o mercado vai estar mais aberto e mais permeável a produtos que tragam um outro tipo de benefício social. É um processo de mudança gradativa e essas experiências dentro da universidade, esses trabalhos de referência, são importantes para mostrar que é possível. Porque senão a primeira impressão de quem está na faculdade, está procurando, é: “nessa área eu não vou, eu não quero, isso é um sonho que não é válido”.



E agora o outro lado. Como o mercado tem recebido esse tipo de produto?

A gente tem níveis diferentes de consumidores. No Design Possível a gente tem operações de venda, que são tanto para o consumidor final quanto para empresas. No trabalho direto com o consumidor, eu acho que ele se surpreende quando a gente diz que aquele produto é um produto feito com material recuperado, ou que aquele produto é feito numa comunidade carente. Conseguimos alcançar um nível de qualidade e de confiabilidade no design, que faz com que o produto não pareça com a imagem que o consumidor tinha do produto social. A gente usa, brincando, a expressão “guarda-pó”. A maior parte dos produtos sociais hoje, principalmente aqueles que não utilizam o design como estratégia, como ferramenta, são “guarda-pó”, ou seja, coisas que você compra para ajudar a organização e o grupo, mas que não vai utilizar de fato. Com a entrada do design, você tem a possibilidade de mudar isso, usar aquela mesma técnica, o saber, o conhecimento material, mas tornar aquilo uma coisa mais útil para o usuário. A gente tem até casos engraçados. No caso do Arrastão, quando os consumidores vêem as sacolas, dizem: “Não dá para me dar duas dessas aqui?”. “Não dá, porque elas são feitas de material recuperado, não tem duas iguais”. “Mas como assim não tem duas iguais? Eu quero outra igual!”. Então tem também uma mudança de percepção do consumidor. O material tinha sido jogado fora e virou uma bolsa, está bem acabado. Aí o consumidor fala: “Mas foi feito na favela mesmo?” Eles ficam até um pouco incrédulos. O mais difícil, hoje, é fazer com que os produtos evidenciem a história que está por trás dele. Esse é um papel importante do designer. Estamos trabalhando em um projeto que se chama A invisível história por trás dos produtos. A bolsa comum não diz de onde ela veio, quem foi que produziu. Então a gente precisa tentar comunicar isso. Esse é o papel do designer agora, com um trabalho de comunicação mais profissional, um trabalho de identificação e identidade dos produtos, para que o consumidor perceba qual é aquele produto. Se fizermos um produto na comunidade da mesma forma que os chineses fazem produtos na China, a gente nunca vai conseguir competir, porque você olha para as duas sacolas, por exemplo, e elas são iguais, não tem diferença. A diferença está na história que cada um deles carrega e no benefício que cada um deles, ao ser comprado pelo consumidor, gera. Isso é o que as empresas também procuram. As empresas querem comprar produtos sustentáveis, que tenham um engajamento social, porque elas querem ligar a marca delas a esse tipo de postura. Não tem outra intenção. Não é porque é mais barato, não é porque quer ajudar. As empresas precisam se aproximar desse mercado para melhorar sua imagem e fazer jus à divulgação sustentável que elas estão fazendo. Não adianta eu bradar para todo mundo que eu quero ser sustentável e depois comprar sacolas de PVC feitas na China. Eu preciso buscar outros fornecedores, outras formas de fazer com que o meu negócio exista com outro tipo de consumo. O consumo não muda só no consumidor na ponta, muda também nas empresas. Temos até trabalhado na formação de grupos de compradores sociais. Essa questão da sustentabilidade, do desenvolvimento social, já está consolidada no alto escalão. Os gestores, a parte estratégica, o marketing, todo mundo já entendeu e divulga isso. Só que ainda não é fácil capilarizar isso dentro da estrutura, porque o responsável pelas compras, o pessoal do almoxarifado, esses aí não entenderam ainda. Teremos agora esse trabalho de fazer isso descer das esferas superiores para a estrutura da empresa. E aí o responsável pelas compras vai perceber que pode comprar um produto de uma comunidade e pode comprar um produto de uma empresa. Às vezes ele vai optar pela empresa e às vezes ele vai optar pela comunidade. E os dois vão ter benefícios, resultados e imagens completamente diferentes, muitas vezes sendo o mesmo produto. Você pode ter o mesmo produto e um resultado de imagem ou de logística completamente distintos. É o que os consumidores já perceberam há mais tempo. Se eu tenho que comprar, porque não escolher alguma coisa que traga benefícios para a minha sociedade, para aquilo que está perto de mim? Se eu vou ter que comprar uma cadeira, vou escolher uma que ajude a não ter, depois, um menino no sinal, que ajude a não ter desabamento na favela, que ajude a melhorar os problemas que hoje a gente encontra em um ambiente como São Paulo.



Em 2008, fui, junto com uma colega, conhecer a favela Monte Azul onde há, inclusive, uma loja com produtos do Design Possível. Em determinado momento, dois rapazes passaram por nós e um disse para o outro: “Olha os gringos aí”, em um tom bastante pejorativo e expressando um grande desconforto com a nossa presença. Como os designer e alunos – em sua maioria brancos, de classe média ou alta – são recebidos nas favelas em que vocês trabalham?

Essa é a primeira imagem que vai cair. E este é, talvez, um produto que, a médio prazo, tenha maior sucesso dentro do Design Possível. Tenho três alunos no Mackenzie que são ou eram da Monte Azul. O trabalho de convívio com a comunidade, também muda o perfil do universitário. Toda segunda e sexta-feira, eu dou aula para o Samuel, que trabalha no operacional e dou aula para o Ronaldo, que está na loja. Claro, eles se sentiram estimulados, a gente facilitou o acesso, conseguimos bolsa etc., porque a gente esteve lá e despertou isso neles. Antes deles, o Roberto da Monte Azul também tinha feito esse trabalho. A gente tem outros dois alunos do Projeto Arrastão. Essas são as pessoas que eu imagino que, a médio prazo, vão substituir o Design Possível nessas comunidades. Para que você precisa de um designer de fora? Você deveria ter um designer de dentro. Por que não formar um designer lá dentro? Em quatro anos, a gente já vai ter esses meninos formados e com experiências para atuar sozinhos tanto na Monte Azul quanto no Arrastão, sem precisar da gente. Essa vai ser a primeira mudança.



A impressão que tive na época da visita era a de que talvez eles não quisessem a presença de pessoas de fora. Pensei que, talvez, este tipo de trabalho seja mais interessante para quem está conduzindo e propondo do que para quem está recebendo, digamos assim. Muitas vezes, a simples entrada de um estranho em uma favela com o objetivo de levar projetos pode interpretada como uma violência.

Acho que quando não é bem conduzido, é uma violência mesmo. Mas, ao contrário, sinto sempre uma muito boa acolhida. Acho que ela é diferente para cada um dos lugares e precisa ser muito bem conduzida. A gente não tem aulas de relacionamento nas faculdades e isso é um conteúdo que nós temos que passar para os educadores que trabalham com a gente, senão o primeiro impacto é sempre negativo. É claro que quem está do outro lado, que já tem uma auto-estima muito mais baixa, que já tem muita dificuldade, vai ficar sempre na defensiva. Então questões muito simples, como postura, o jeito como se chega, a forma como se dirige – que em qualquer outro lugar não teriam relevância – são muito importantes neste tipo de trabalho. Tem coisas que não tem nada a ver com design. Por exemplo: é muito importante abraçar as pessoas, cumprimentar todo mundo. Esse tipo de relacionamento é sentido muito mais rapidamente do que o retorno do trabalho que você faz. É preciso um outro tipo de atitude. Talvez isso seja uma coisa minha, talvez seja porque estamos em várias organizações diferentes. Acho que este tipo de repulsa é localizada, não sinto nos outros lugares.

Reportagem extraída na íntegra do site "A Casa - museu do objeto brasileiro", disponível em: http://www.acasa.org.br/ensaio.php?id=237&modo=